Máscara de snorkeling da Decathlon poderá ser adaptada e utilizada como respirador em hospitais
A multinacional doará todo o seu estoque do Brasil para ajudar no tratamento de pacientes infectados
A Decathlon, varejista de artigos esportivos do País, doará todo o seu estoque da máscara Easybreath para hospitais e entidades médicas brasileiras utilizarem em pacientes com deficiência respiratória, devido à infecção causada pelo coronavírus (COVID-19).
A iniciativa surgiu após um engenheiro italiano adaptar o produto e transformá-lo em um respirador. A invenção foi testada e aprovada em um hospital Civil de Brescia, cidade localizada ao norte da Itália. Diante disso, a Decathlon Brasil doará todo o estoque disponível no Brasil, para enfrentar uma eventual escassez dos aparelhos hospitalares respiratório, que têm sido fundamentais durante o tratamento da doença.
“Recentemente, fomos solicitados para disponibilizar nossas máscaras de snorkeling e contribuir com o combate do coronavírus. Seguindo o exemplo da Decathlon Itália, decidimos apoiar essas iniciativas e realizar doações em vez de vender. Desta forma, a comercialização do produto já foi suspensa e será destinada apenas a hospitais e instituições médicas. Na crise sanitária que estamos enfrentando, acreditamos na importância de garantir que as nossas máscaras estejam disponíveis caso sua utilidade seja comprovada pelos profissionais de saúde”, comenta Cedric Burel, CEO de Decathlon Brasil.
As máscaras já estão em processo de doação para serem testadas por empresas médicas especializadas, em Campinas (SP), Porto Alegre (RS) e Paraná. A previsão é de que sejam doados mais de 2.800 equipamentos.
A empresa ressalta, no entanto, que a máscara Easybreath foi produzida exclusivamente para a prática de snorkeling. Trata-se de um equipamento que se destina exclusivamente à proteção dos olhos. Não possui, portanto, função médica, como máscara protetora hospitalar ou respiratória, já que não foi desenvolvida para o uso na pele seca e não suporta temperaturas elevadas. E ainda: tentativas de modificação, sem a capacitação técnica necessária, podem acarretar riscos à saúde.
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