O TREM DA VIDA
Há alguns meses recebi uma dessas tantas mensagens que recebemos pela internet, identificadas como de “auto-ajuda”. Graças a essa maravilha da comunicação, somos bombardeados com este tipo de mensagem. Umas enfadonhas, outras puxando para o campo religioso, que a maioria dos leitores ignora e, algumas, para uma leitura mais atenta dão o que pensar e acabam influenciando na nossa vida.
É antiga a frase de que “as pessoas de bom senso são aquelas que pensam como nós”. E tem mensagens de bom senso, sim senhor.
A mensagem que eu me referi é a transposição da vida como sendo um trem. Sem me alongar nela, o seu “recado” é que cada vida é um trem, que sai de um lugar qualquer e em seu trajeto recebe os passageiros que fazem parte da nossa vida. Passageiros calados, passageiros festivos, passageiros indiferentes, passageiros indesejáveis, passageiros que fazem esta viagem inesquecível, que sobem e descem desse trem a cada estação. Sobem e descem antes ou depois de cada estação, mas que influenciam e interferem nos que estão no trem.
Imagino que o mesmo ocorra no “vagão profissional” de nosso “trem profissional”. Partimos para uma viagem sem volta, em que se ganha experiência, conhecimento, elementos para nosso uso diário. Nos dias de hoje esse vagão tem recebido uma quantidade enorme de elementos. A cada estação uma enxurrada de novas “caras”, que não duram muito tempo nesta viagem, mas são oportunidades de aprendizados para fazer o trem seguir em frente e ir mais longe.
Tem vez que algo sobe em uma estação e temos que prestar atenção ao que ele traz de novo, o que ele pode interferir na viagem e de que forma pode ser mais bem utilizado.
Existe uma tendência de que, por ser novidade, é o mais importante e o que vai levar o trem mais longe. Mas boa parte dessas novidades desce do trem mais cedo do que se imaginava.
No âmbito profissional, ficam perguntas: o que será mais perene? O que realmente é novo e contribui para a comunicação mais eficiente? O que é espaço para a informação e que é espaço para a publicidade? Como mudar e interferir dentro de uma nova paisagem?
Quem responde é o trem que tem talento, discernimento. Aquele que aproveita o novo para transformar em coisas eternas na comunicação.
Pense um pouco no seu trem. Analise bem os passageiros que sobem e descem. Repare naqueles que estarão mais tempo no vagão da sua realização.
E, importante, nunca deixe de olhar pela janela, para apreciar as paisagens lindas, diferentes, emocionantes que esta viagem lhe proporciona.
Boa e duradora viagem.
José Francisco Queiroz – Diretor Conselheiro da APP Brasil
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