Discurso de posse do novo Presidente da Abap, Orlando Marques
Meus caros companheiros da diretoria e funcionários da Abap,
Caros companheiros das agências, das produtoras, dos fornecedores… Da calda longa da insdústria da propaganda e da comunicação,
Caros companheiros da imprensa e das entidades que lutam pela liberdade de expressão com a palavra aberta,
Caros diretores e membros do Conar e do Cenp,
Caros clientes da Publicis, a quem prometi continuar dedicando o meu tempo,
Caros clientes presentes,
Caros amigos dos veículos aqui presentes e onde construi minha carreira,
Caros amigos ex-presidentes da Abap, em particular o Luiz Lara, meu antecessor,
Minha querida esposa jurema
“foi nos bailes da vida ou num bar em troca de pão, que muita gente boa pôs o pé na profissão…”
Nessa música – nos bailes da vida – Milton Nascimento e Fernando Brant falam da profissão de músico, mas ela tem tudo a ver com a minha entrada no maravilhoso mundo da propaganda e talvez tenha também algo a ver com a vida de alguns de vocês.
Com certeza temos nesta sala gente que começou na propaganda das mais diversas maneiras e pelos mais variados motivos.
Eu comecei pela necessidade de ganhar o pão, mas também por um verdadeiro encantamento e paixão por uma coisa chamada anúncio. E conto uma história rápida.
Ainda nos meus 18 anos, eu era jornalista dos diários associados em Juiz de Fora, estudava jornalismo e trabalhava no jornal, quando vi os companheiros da baia ao lado tentando vender ideias e anúncios para o os clientes da região da zona da mata mineira.
Em uma ocasião um deles me pediu para escrever uma proposta comercial para um determinado cliente. Como deu certo, pediu mais uma e mais uma… E um belo dia eu me vi diante de um empresário convencendo-o a fazer uma página dupla no “Diário Mercantil”, anunciando a sua nova frota de ônibus Mercedes Benz, que iam substituir os bondes no transporte da cidade. A venda daquela ideia me encheu mais de alegria do que a as manchetes de primeira página que já havia conquistado. Descobri naquele momento que era isso que eu queria ser.
Caros companheiros das agências, das produtoras, dos fornecedores… Da calda longa da insdústria da propaganda e da comunicação,
Caros companheiros da imprensa e das entidades que lutam pela liberdade de expressão com a palavra aberta,
Caros diretores e membros do Conar e do Cenp,
Caros clientes da Publicis, a quem prometi continuar dedicando o meu tempo,
Caros clientes presentes,
Caros amigos dos veículos aqui presentes e onde construi minha carreira,
Caros amigos ex-presidentes da Abap, em particular o Luiz Lara, meu antecessor,
Minha querida esposa jurema
“foi nos bailes da vida ou num bar em troca de pão, que muita gente boa pôs o pé na profissão…”
Nessa música – nos bailes da vida – Milton Nascimento e Fernando Brant falam da profissão de músico, mas ela tem tudo a ver com a minha entrada no maravilhoso mundo da propaganda e talvez tenha também algo a ver com a vida de alguns de vocês.
Com certeza temos nesta sala gente que começou na propaganda das mais diversas maneiras e pelos mais variados motivos.
Eu comecei pela necessidade de ganhar o pão, mas também por um verdadeiro encantamento e paixão por uma coisa chamada anúncio. E conto uma história rápida.
Ainda nos meus 18 anos, eu era jornalista dos diários associados em Juiz de Fora, estudava jornalismo e trabalhava no jornal, quando vi os companheiros da baia ao lado tentando vender ideias e anúncios para o os clientes da região da zona da mata mineira.
Em uma ocasião um deles me pediu para escrever uma proposta comercial para um determinado cliente. Como deu certo, pediu mais uma e mais uma… E um belo dia eu me vi diante de um empresário convencendo-o a fazer uma página dupla no “Diário Mercantil”, anunciando a sua nova frota de ônibus Mercedes Benz, que iam substituir os bondes no transporte da cidade. A venda daquela ideia me encheu mais de alegria do que a as manchetes de primeira página que já havia conquistado. Descobri naquele momento que era isso que eu queria ser.
Interrompi o curso de jornalismo na UFJF e vim para São Paulo fazer ESPM, que naquela época não tinha o “M” do Marketing e nem era um curso reconhecido pelo MEC.
A partir daí muitos de vocês já sabem o que aconteceu: foram 20 anos de editora Abril, onde efetivamente me profissionalizei (entrei com 20 e saí com 40 anos de idade); 5 anos de Estadão; mais editora Globo, Band, TV Globo, Brasil Midia Exterior…
Quando estudava na ESPM, tentei ser agência, mas o então professor de planejamento – Ivan Pinto – me convenceu que eu tinha que ficar onde estava e eu sou muito grato a ele por isso. Eu queria ser redator de agência e o Ivan me disse que eu tinha talento era pra vendedor. Fiquei puto, mas aceitei e, graças ao Ivan, a propaganda brasileira se livrou de um redator medíocre.
Na atividade de homem de veículo conheci o mundo das agências e dos clientes, fiz as melhores amizades da minha vida, conheci a jurema e no primeiro encontro já tive que explicar o que fazia um publicitário; construi uma família que me faz feliz e já estava achando que o mundo profissional acabaria por aí, quando apareceu o Paulo Salles achando que eu levava jeito para tocar uma agência de propaganda. E isso me fez recomeçar, rejuvenescer, reinventar-me profissionalmente. O Hugo continua achando que eu não entendo nada de agência, mas eu insisto…
Agora o Lara e mais alguns irresponsáveis aqui presentes resolvem me indicar para Abap e, na falta de uma chapa de oposição, vocês me elegem.
E agora, minha gente, o que fazer?
Temos muito o que fazer e vamos fazer juntos.
Quando digo juntos, não quero contar só com os companheiros das agências, mas com vocês todos aqui presentes. Nós estamos na mesma berlinda e nas mesmas batalhas.
E a primeira delas é a nossa luta pela liberdade de expressão comercial, que é filha da liberdade de expressão e, portanto, um dos alicerces da democracia. Essa é a nossa eterna luta, porque os adversários estão aí à solta criando projetos e leis mirabolantes, alguns até bem intencionadas, mas todos nos levando a restringir a comunicação e, portanto, se intrometendo no nosso direito de escolha, que é a base de qualquer sociedade democrática. Proibir o anúncio de chocolate ou batata frita para crianças pode parecer muito coerente, mas tirar de nós, pais, o direito de decidir o que é melhor para as nossas famílias e transforma nossos filhos em pessoas menores, incapazes e dependentes. Tira do anunciante o direito de se promover, de construir marcas e de lançar produtos. E enfraquece os veículos de comunicação, reduzindo a sua independência editorial e poder de crítica. Não é à toa que o lema do “palavra aberta” é quanto mais você sabe, melhor você decide. Aba, Abap, Fenapro, Anj, Aner, Abert e todas as entidades do nosso mercado estão com a mesma bandeira e vamos juntos defendê-la dos ataques.
Quando estudava na ESPM, tentei ser agência, mas o então professor de planejamento – Ivan Pinto – me convenceu que eu tinha que ficar onde estava e eu sou muito grato a ele por isso. Eu queria ser redator de agência e o Ivan me disse que eu tinha talento era pra vendedor. Fiquei puto, mas aceitei e, graças ao Ivan, a propaganda brasileira se livrou de um redator medíocre.
Na atividade de homem de veículo conheci o mundo das agências e dos clientes, fiz as melhores amizades da minha vida, conheci a jurema e no primeiro encontro já tive que explicar o que fazia um publicitário; construi uma família que me faz feliz e já estava achando que o mundo profissional acabaria por aí, quando apareceu o Paulo Salles achando que eu levava jeito para tocar uma agência de propaganda. E isso me fez recomeçar, rejuvenescer, reinventar-me profissionalmente. O Hugo continua achando que eu não entendo nada de agência, mas eu insisto…
Agora o Lara e mais alguns irresponsáveis aqui presentes resolvem me indicar para Abap e, na falta de uma chapa de oposição, vocês me elegem.
E agora, minha gente, o que fazer?
Temos muito o que fazer e vamos fazer juntos.
Quando digo juntos, não quero contar só com os companheiros das agências, mas com vocês todos aqui presentes. Nós estamos na mesma berlinda e nas mesmas batalhas.
E a primeira delas é a nossa luta pela liberdade de expressão comercial, que é filha da liberdade de expressão e, portanto, um dos alicerces da democracia. Essa é a nossa eterna luta, porque os adversários estão aí à solta criando projetos e leis mirabolantes, alguns até bem intencionadas, mas todos nos levando a restringir a comunicação e, portanto, se intrometendo no nosso direito de escolha, que é a base de qualquer sociedade democrática. Proibir o anúncio de chocolate ou batata frita para crianças pode parecer muito coerente, mas tirar de nós, pais, o direito de decidir o que é melhor para as nossas famílias e transforma nossos filhos em pessoas menores, incapazes e dependentes. Tira do anunciante o direito de se promover, de construir marcas e de lançar produtos. E enfraquece os veículos de comunicação, reduzindo a sua independência editorial e poder de crítica. Não é à toa que o lema do “palavra aberta” é quanto mais você sabe, melhor você decide. Aba, Abap, Fenapro, Anj, Aner, Abert e todas as entidades do nosso mercado estão com a mesma bandeira e vamos juntos defendê-la dos ataques.
Isso tudo, minha gente, sem contar ainda com a gana de alguns políticos em subjugar os veículos, submetendo-os aos favores da mídia governamental. É bom dar uma olhada em alguns de nossos vizinhos do continente para ver como anda a propaganda e a comunicação em geral, quando isso acontece. Por isso digo que essa luta é de nós todos. E veículos fracos não ajudam a construir marcas fortes nem criam condições para o florescimento da criatividade e do talento. Alguns podem achar que digo isso pelo meu passado como veículo, mas posso lhes garantir que revistas jornais, rádios e televisão fracos não terão musculatura suficiente para nos defender dos ataques do autoritarismo e dos governantes de plantão.
Lembro aqui uma resposta que meu velho pai, Lázaro Marques, deu a um amigo numa rodada de truco, lá em borda da mata. Seu companheiro de mesa perguntou o que eu fazia na editora Abril que o meu nome aparecia nas revistas e eu nem era jornalista. Candidamente, ele respondeu: o Orlando enche a veja de anúncios para os Civita continuarem metendo o pau no governo… Está aí o cerne da importância da propaganda numa sociedade democrática.
Mas temos outras brigas não menos importantes: temos que pregar diariamente as qualidades e vantagens do nosso modelo de operação, baseado na agencia integrada e capaz de todos os passos no processo de comunicação do cliente;
Temos que defender com unhas e dentes a nossa capacidade de autorregulamentação e as normas para o exercício da nossa atividade;
Temos que ficar atentos ao bom momento que o Brasil vive na comunidade internacional e não trazer como investimento, más práticas do exterior. Vamos trazer o que há de bom – e nisso o Brasil tem muito o que aprender – mas temos que ter cuidado para não importar alguns lixos hospitalares que existem no mundo da comunicação e da propaganda.
Temos ainda que implementar as teses do V congresso e para liderar essa missão, teremos o Márcio Santoro, da África, que vai tocar o comitê de continuidade e implementação. O Márcio é um dos novos sangues que estamos trazendo para a Abap e vai precisar da ajuda de todos. Uma das teses do V congresso em que vamos trabalhar junto com a Aba é a valorização do talento, da ideia e da criatividade. Temos uma tarefa com as mesas de compras e vamos construir uma agenda comum na busca das melhores práticas e formas eficientes na compra do produto criativo. Não vamos encarar os compradores como inimigos a serem batidos, mas profissionais em busca da compra mais eficiente. E sabemos bem e eles também que nem sempre é a mais barata….
Nesse rol de gente nova na Abap vamos ter o Marcos Quintela, da Y&R, Presidente do capítulo São Paulo da Abap; a Lana Pinheiro, da DM9, que vai nos ajudar no Comitê de sustentabilidade; a Gal Barradas, que vai trabalhar com o Márcio e focar mais na área digital. Além desses nomes, muitos outros jovens talentos se ofereceram para nos ajudar, tão logo eu dei uma entrevista na revista propaganda dizendo que ia rejuvenescer Abap e vamos sim contar com todos eles. Parece um contra censo, um cabeça branca como eu falar de rejuvenescer a entidade, mas vamos sim mesclar esses jovens talentosos com outros talentos de mais idade e experiência. Por junto gente que como eu, gosta de anúncio, ama o que faz e não tem medo de desafios e de ameaças.
Eu acho que estamos num momento particularmente interessante do nosso negócio, pois estamos em plena revolução ou em plena crise, por conta da digitalização geral do mundo e das facilidades que daí surgem. Está havendo um choque de placas tectônicas no dia a dia da comunicação e vai sobreviver nesse cenário quem melhor se adaptar a ele e quem melhor conseguir interagir com os consumidores.
Convoco a todos para entrar nessa briga, pois temos que sair dela melhor do que entramos e juntos é sempre mais fácil. Contem com meu esforço e dedicação às nossas causas e crenças porque eu vou contar e precisar de todos vocês.
E tenham certeza que vocês elegeram um profissional que muito cedo se apaixonou por um anúncio e que ao longo da vida entendeu como uma simples mensagem publicitária se transforma no mais precioso suporte da liberdade de expressão e da democracia. E que se orgulha de ser publicitário,
Muito obrigado a todos
Lembro aqui uma resposta que meu velho pai, Lázaro Marques, deu a um amigo numa rodada de truco, lá em borda da mata. Seu companheiro de mesa perguntou o que eu fazia na editora Abril que o meu nome aparecia nas revistas e eu nem era jornalista. Candidamente, ele respondeu: o Orlando enche a veja de anúncios para os Civita continuarem metendo o pau no governo… Está aí o cerne da importância da propaganda numa sociedade democrática.
Mas temos outras brigas não menos importantes: temos que pregar diariamente as qualidades e vantagens do nosso modelo de operação, baseado na agencia integrada e capaz de todos os passos no processo de comunicação do cliente;
Temos que defender com unhas e dentes a nossa capacidade de autorregulamentação e as normas para o exercício da nossa atividade;
Temos que ficar atentos ao bom momento que o Brasil vive na comunidade internacional e não trazer como investimento, más práticas do exterior. Vamos trazer o que há de bom – e nisso o Brasil tem muito o que aprender – mas temos que ter cuidado para não importar alguns lixos hospitalares que existem no mundo da comunicação e da propaganda.
Temos ainda que implementar as teses do V congresso e para liderar essa missão, teremos o Márcio Santoro, da África, que vai tocar o comitê de continuidade e implementação. O Márcio é um dos novos sangues que estamos trazendo para a Abap e vai precisar da ajuda de todos. Uma das teses do V congresso em que vamos trabalhar junto com a Aba é a valorização do talento, da ideia e da criatividade. Temos uma tarefa com as mesas de compras e vamos construir uma agenda comum na busca das melhores práticas e formas eficientes na compra do produto criativo. Não vamos encarar os compradores como inimigos a serem batidos, mas profissionais em busca da compra mais eficiente. E sabemos bem e eles também que nem sempre é a mais barata….
Nesse rol de gente nova na Abap vamos ter o Marcos Quintela, da Y&R, Presidente do capítulo São Paulo da Abap; a Lana Pinheiro, da DM9, que vai nos ajudar no Comitê de sustentabilidade; a Gal Barradas, que vai trabalhar com o Márcio e focar mais na área digital. Além desses nomes, muitos outros jovens talentos se ofereceram para nos ajudar, tão logo eu dei uma entrevista na revista propaganda dizendo que ia rejuvenescer Abap e vamos sim contar com todos eles. Parece um contra censo, um cabeça branca como eu falar de rejuvenescer a entidade, mas vamos sim mesclar esses jovens talentosos com outros talentos de mais idade e experiência. Por junto gente que como eu, gosta de anúncio, ama o que faz e não tem medo de desafios e de ameaças.
Eu acho que estamos num momento particularmente interessante do nosso negócio, pois estamos em plena revolução ou em plena crise, por conta da digitalização geral do mundo e das facilidades que daí surgem. Está havendo um choque de placas tectônicas no dia a dia da comunicação e vai sobreviver nesse cenário quem melhor se adaptar a ele e quem melhor conseguir interagir com os consumidores.
Convoco a todos para entrar nessa briga, pois temos que sair dela melhor do que entramos e juntos é sempre mais fácil. Contem com meu esforço e dedicação às nossas causas e crenças porque eu vou contar e precisar de todos vocês.
E tenham certeza que vocês elegeram um profissional que muito cedo se apaixonou por um anúncio e que ao longo da vida entendeu como uma simples mensagem publicitária se transforma no mais precioso suporte da liberdade de expressão e da democracia. E que se orgulha de ser publicitário,
Muito obrigado a todos
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!