O Conar realizou 17 sessões e analizou 146 casos no primeiro semestre de 2015
Campanhas de alimentos foram as que mais causaram discussões no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) no primeiro semestre de 2015. Levantamento feito por Meio & Mensagem, com base nas atas de reuniões divulgadas pelo órgão, entre janeiro e junho, mostram que, dos 146 casos totais discutidos no período, 24 foram de campanhas de “Alimentos”. Em segundo lugar estão anúncios de “Bebidas” com 21 processos e, em terceiro, as campanhas do grupo “Cosméticos, Higiene e Beleza”. Para o levantamento foram considerados todos os casos discutidos pelos conselheiros, independentemente do resultado final (arquivamento, alteração, sustação ou advertência).
Dos 24 casos totais na categoria “Alimentos”, dois são da Seara e sete da Sadia. As duas empresas aparecem principalmente em casos de campanhas de presunto, linguiça e congelados. Também aparecem marcas como Habib´s, Nescau, Fini, Activia, Danoninho, Bis, Ades, Itambé, Tang e Del Valle. Na maioria das ocorrências, as campanhas são denunciadas por questionamentos acerca de informações técnicas como o percentual de determinado nutriente na composição do produto ou expressões que qualificam o item como “melhor” ou “líder”. No levantamento oficial do Conar de 2014, a categoria “Alimentos” ficou em segundo lugar representando 12% dos 308 casos julgados.
Na categoria “Bebidas”, os 21 casos julgados no primeiro semestre de 2015 trazem discussões técnicas como falta de padrão nas letras de advertência no final do vídeo e questões morais e éticas, como machismo. No ano de 2014, a categoria representou 9,8% do total de casos. Em terceiro lugar, no levantamento sobre o primeiro semestre de 2015, o segmento “Cosméticos/Higiene e Beleza” traz 16 casos discutidos, um deles, com forte apelo popular: a campanha “Casais” de O Boticário para o período do Dia dos Namorados que gerou repercussão ao mostrar casais homossexuais.
O balanço de 2014
No balanço oficial divulgado pelo Conar referente ao ano de 2014 foram registrados 308 processos éticos abertos, queda de 9,4% em relação aos 340 casos julgados em 2013. Na série histórica, iniciada em 1998, o ano com mais casos foi o de 2008 com 448 processos. Dos 308 casos julgados no ano passado, 41% foram arquivados, 13% sustados, 9,5% receberam advertências e 36,5% alterados. A categoria mais representativa foi a de “Medicamentos” com 20,5% de participação, seguida por “Outros” com 15,3% e “Alimentos” representando 12%. Cerca de 56,8% das reclamações vieram de consumidores, outros 29,2% se originaram em associados do órgão, 9,1% foram processos iniciados pelo próprio Conar e 4,9% originados no conselho do órgão.
A divisão por categorias dos 146 casos discutidos no primeiro semestre de 2015:
Alimentos – 24
Bebidas – 21
Cosméticos/Higiene e Beleza – 16
Automotivo – 13
Telecomunicações – 13
Casos Regionais – 9
Outros – 9
Medicamentos – 7
Limpeza – 5
Combustível – 5
Financeiro/Seguros – 5
Viagens – 4
Varejo – 4
Aparelho Celular – 4
Roupas – 3
Internet – 3
Público – 1
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