Código de ética dos profissionais de propaganda
APP APRESENTA PRIMEIRA REVISÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE PROPAGANDA DESDE 1957
Trata-se de documento orientador do comportamento ético-profissional a ser seguido por quem atua com publicidade em agências, veículos e anunciantes
São Paulo,14 de maio de 2014 – A Associação dos Profissionais de Propaganda lançou a primeira revisão do Código de Ética dos Profissionais de Propaganda desde quando ele foi aprovado pelo congresso da categoria, em 1957. O regulamento complementar o Código de Ética, apresentado ao mercado publicitário durante evento na sede da APP, em São Paulo.
Com a presença de dirigentes de diversas entidades relacionadas às atividades da indústria da comunicação, o presidente da APP, Ênio Vergeiro e o diretor executivo da APP Antônio Toledano, responsáveis pela revisão, pontuaram as causas que os levaram a atualizar algumas regras éticas que cercam o mercado.
O documento também tem como função atender às exigências atuais do setor, como consequência da revolução nos meios e formas de comunicação social, sem prejudicar o acatamento aos princípios do Código oficial. A APP disponibiliza a versão eletrônica do documento no site www.https://appbrasil.org.br/, que é aberta a todos os interessados em conhecê-la.
O objetivo é ampliar o significado da ética profissional aos que estão ingressando no mercado publicitário e contribuir com o aprimoramento dos que já estão em exercício, como os que trabalham em agências, em veículos de comunicação e em empresas que representam as marcas/anunciantes. Além de aplicar aos seus capítulos regionais, a APP irá trabalhar esse documento junto às outras entidades representativas, como a Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) e Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), o Grupo de Mídia de São Paulo, o Clube de Criação de São Paulo (CCSP), a Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro), a Associação Brasileira das Agências Digitais (Abradi), a Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner), a Associação Nacional de Jornais (ANJ), a Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro) e a Associação Brasileira de Produtoras de Fonogramas Publicitário (Aprosom), entre outras, bem como ao Fórum Permanente da Indústria da Comunicação (ForCom), criado no IV Congresso Brasileiro de Publicidade, de 2008, e formado por 40 entidades representativas da indústria da comunicação no Brasil. A APP está sugerindo a todos que adotem as novas regras como uma base atualizada para consolidar a área com as quais colaboram.
O Conselho de Administração e a Diretoria Executiva da APP aprovaram o documento, por unanimidade, durante uma reunião mensal da entidade. As divisões são formadas por profissionais de publicidade com conhecimento e experiência nas diferentes vertentes da propaganda, motivos que os levaram à elaboração dos princípios éticos e por serem questões que orientam o trabalho da atividade publicitária.
Ênio Vergeiro justifica a revisão das normas afirmando que a nova versão do Código de Ética se estabelece porque o que era apresentado à indústria da comunicação hoje tinha sido definido há 57 anos. “Tudo evoluiu desde 1957 e a atualização era de fundamental importância para a atividade publicitária. Sabemos que a ética é a mesma ética de sempre, mas ela precisa ser relembrada e colocada aos nossos padrões atuais de comunicação”, explica. Ele atribui essa necessidade, por exemplo, à comunicação digital, que nas últimas décadas se fortaleceu e deu autonomia e voz à sociedade, além de acelerar o alcance e o retorno das ações publicitárias. “Essa é uma realidade impensável na década de 1950”, comenta o presidente da APP.
Diretor executivo e membro do Conselho da APP, Antônio Toledano, que é co-presidente de Atendimento e Mídia da agência Pátria, aponta que as normas cumprem o papel de atualização do Código de 1957. “Chamamos os novos e os antigos profissionais do mercado à reflexão, pois foram revisitados vários princípios relacionados à consciência ecológica, responsabilidade social, relações de trabalho, autorregulamentação e liberdade de expressão, entre outros pontos”, considera.
O advogado João Luiz Faria Netto, que atua junto à Sinapro-RJ e Abap RJ, é outro nome de fundamental colaboração no trabalho de revisão do Código de Ética. “O documento que estamos apresentando agora vai promover o questionamento de todos os que trabalham em publicidade, em qualquer parte do território nacional, sobre a necessidade de se aplicar no dia a dia da atividade um olhar ético sobre o que fazemos, ao assegurar a existência da multiplicidade de meios e veículos de comunicação, de todas as tendências e orientação editorial, a livre escolha e a divulgação do pensamento”, explica.
Com 18 regras pontuadas e descritas, as “Normas de orientação ética do profissional de propaganda” apresentam questões como o respeito aos valores e orientação editorial e comercial das empresas de comunicação; Publicidade como parte legítima da comunicação social, com apoio do Capítulo V da Constituição Brasileira, que garante a livre expressão do pensamento e proíbe censura política, ideológica e artística; Respeito à liberdade de mercado; Conteúdo livre de discriminação, seja de gênero, raça, condição econômica, entre outros; Indispensável o acatamento à propriedade intelectual; E condenável todas as formas de assédio moral e sexual, com destaque no trabalho que envolve crianças, adolescentes e todas as minorias.
O documento da entidade ainda dispõe as oito definições, 14 normas e seis recomendações do Código de Ética dos Profissionais da Propaganda. Entre elas, a recomendação para que as associações de propaganda que atuam no Brasil estabeleçam iniciativas que resultem em preceitos locais sob a orientação do Código oficial, como o atual regulamento compilado pela APP.
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