PROPAGANDA, LIBERDADE E DESENVOLVIMENTO
Premiada e admirada pelos consumidores, a propaganda reafirma sua condição de item vital para o exercício da imprensa livre e democráticaPesquisa do Ibope realizada em 2010 apontou que 87% dos brasileiros gostam de propaganda e que 67% declararam que ela tem um papel importante em suas vidas. Notícia a ser comemorada pelos profissionais e empreendedores do segmento, mas não a única.
Em maio do ano passado, a publicidade brasileira conquistou também um avanço extraordinário do ponto de vista institucional, com a aprovação da lei nº 12.232, que regulamenta definitivamente os parâmetros para a contratação de agências de publicidade em todas as esferas do poder público.
Bandeira defendida com vigor por toda a indústria da comunicação, esse ordenamento legal traduz uma pronta reação às práticas ilícitas de indivíduos desonestos, que, infiltrados no negócio, induziam à crença de que ele estava sob suspeita. Nesse caso, nada mais apropriado do que ter jogado luz sobre os procedimentos e tornar mais cristalinas todas as contratações.
Representando perto de 2% do PIB e movimentando R$ 47,5 bilhões, a propaganda brasileira traduz na força desses números o seu significado como propulsora da nossa efervescência econômica.
Não por acaso, quando o fantasma da crise mundial era anunciado por aqui, o presidente Lula fazia coro aos anúncios, recomendando que os brasileiros continuassem fazendo suas compras e consumindo os produtos de sua preferência.
O Brasil não parou porque a propaganda não parou, o consumo não parou e, portanto, a produção não parou, confirmando que o movimento harmônico dessa engrenagem é determinante para a estabilidade do país e para a felicidade dos brasileiros.
Reconhecida e premiada em certames nacionais e internacionais, respeitada e admirada pelo consumidor, a propaganda afirma, ainda, cada vez mais sua condição de componente vital para o exercício da imprensa livre e democrática.
É por meio das verbas publicitárias que os veículos de comunicação sustentam sua independência na expressão das ideias e, assim, estimulam uma permanente e vigorosa defesa da democracia.
A Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) confia que a sociedade tem no Conar (Código Nacional de Autorregulamentação Publicitária), no Código de Defesa do Consumidor e na Constituição Federal instrumentação suficiente para estabelecer os limites da atividade.
A publicidade brasileira tem um profundo compromisso com a verdade, pois trabalha consciente de que não há julgamento mais rigoroso do que aquele exercido com liberdade pelo consumidor.
Apesar do desempenho extremamente positivo, das perspectivas de cenário econômico de crescimento e da realização de grandes eventos, como a Copa e a Olimpíada, algumas ameaças pairam no horizonte.
Em que pesem a abertura do setor para o diálogo, as adequações a novos momentos e o fortalecimento do Conar, são diversas as ameaças à liberdade de expressão comercial, que é, em nossa visão, irmã siamesa da liberdade de expressão editorial.
Projetos de lei, agências que extrapolam suas funções e produzem leis, setores minoritários que tentam impor seus pontos de vista de forma quase messiânica requerem atenção. Não será pela via do cerceamento de liberdades que caminharemos para um mercado crescentemente maduro e saudável.
A Abap continuará com o diálogo com a opinião pública. Participar do aprimoramento das relações institucionais, zelar pela vitalidade do negócio e criar com responsabilidade para os milhões de brasileiros devem ser a pauta da nossa indústria em 2011.
*LUIZ LARA é presidente da Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade) e sócio e diretor-executivo (CEO) da Lew’LaraTBWA.
(Artigo publicado na Folha de São Paulo, 05/01/2011)
Em maio do ano passado, a publicidade brasileira conquistou também um avanço extraordinário do ponto de vista institucional, com a aprovação da lei nº 12.232, que regulamenta definitivamente os parâmetros para a contratação de agências de publicidade em todas as esferas do poder público.
Bandeira defendida com vigor por toda a indústria da comunicação, esse ordenamento legal traduz uma pronta reação às práticas ilícitas de indivíduos desonestos, que, infiltrados no negócio, induziam à crença de que ele estava sob suspeita. Nesse caso, nada mais apropriado do que ter jogado luz sobre os procedimentos e tornar mais cristalinas todas as contratações.
Representando perto de 2% do PIB e movimentando R$ 47,5 bilhões, a propaganda brasileira traduz na força desses números o seu significado como propulsora da nossa efervescência econômica.
Não por acaso, quando o fantasma da crise mundial era anunciado por aqui, o presidente Lula fazia coro aos anúncios, recomendando que os brasileiros continuassem fazendo suas compras e consumindo os produtos de sua preferência.
O Brasil não parou porque a propaganda não parou, o consumo não parou e, portanto, a produção não parou, confirmando que o movimento harmônico dessa engrenagem é determinante para a estabilidade do país e para a felicidade dos brasileiros.
Reconhecida e premiada em certames nacionais e internacionais, respeitada e admirada pelo consumidor, a propaganda afirma, ainda, cada vez mais sua condição de componente vital para o exercício da imprensa livre e democrática.
É por meio das verbas publicitárias que os veículos de comunicação sustentam sua independência na expressão das ideias e, assim, estimulam uma permanente e vigorosa defesa da democracia.
A Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) confia que a sociedade tem no Conar (Código Nacional de Autorregulamentação Publicitária), no Código de Defesa do Consumidor e na Constituição Federal instrumentação suficiente para estabelecer os limites da atividade.
A publicidade brasileira tem um profundo compromisso com a verdade, pois trabalha consciente de que não há julgamento mais rigoroso do que aquele exercido com liberdade pelo consumidor.
Apesar do desempenho extremamente positivo, das perspectivas de cenário econômico de crescimento e da realização de grandes eventos, como a Copa e a Olimpíada, algumas ameaças pairam no horizonte.
Em que pesem a abertura do setor para o diálogo, as adequações a novos momentos e o fortalecimento do Conar, são diversas as ameaças à liberdade de expressão comercial, que é, em nossa visão, irmã siamesa da liberdade de expressão editorial.
Projetos de lei, agências que extrapolam suas funções e produzem leis, setores minoritários que tentam impor seus pontos de vista de forma quase messiânica requerem atenção. Não será pela via do cerceamento de liberdades que caminharemos para um mercado crescentemente maduro e saudável.
A Abap continuará com o diálogo com a opinião pública. Participar do aprimoramento das relações institucionais, zelar pela vitalidade do negócio e criar com responsabilidade para os milhões de brasileiros devem ser a pauta da nossa indústria em 2011.
*LUIZ LARA é presidente da Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade) e sócio e diretor-executivo (CEO) da Lew’LaraTBWA.
(Artigo publicado na Folha de São Paulo, 05/01/2011)
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