Homenagem ao nosso querido Ricardo Ramos
Ricardo Ramos Quirino, ou Ricardo Ramos, e, por vezes, Ricardão. Eu o chamava de Rica e recebia como devolutiva, um “fala Porto”. Era a única pessoa que abreviava o meu sobrenome.
Conheci o Ricardo na APP, a nossa Associação dos Profissionais de Propaganda. Eu era um jovem professor de publicidade da Faculdade Cásper Líbero, e ele um Publicitário, desses com P maiúsculo, dono de agência, que servem de farol para os que estão aprendendo, ou como eu, aprendendo a ensinar.
Farol, quem sabe seja a melhor definição para esse homem grande na estatura, no caráter e na generosidade. Alguém que se fazia percebido, não porque falasse alto ou fosse espalhafatoso nos gestos. Pelo contrário. Ricardo era notado pela maneira absolutamente singular com que pontuava suas ideias e defendia seus pontos de vista.
A identificação foi imediata. Me recordo do carinho com que tratava os professores, enquanto explicava a mecânica do Fest’Up, o Festival Universitário de Propaganda, do qual foi o idealizador e organizador por mais de 30 anos.
Nunca hesitou em fazer o próximo Fest’Up ou o próximo Concurso de Campanhas Publicitárias, outra de suas ideias, e manteve, com essa obstinação, as iniciativas que contribuíram na consolidação dos publicitários no mercado brasileiro.
Nós, companheiros dessa jornada de realizações do Ricardo Ramos Quirino em prol da propaganda e dos publicitários, somos gratos, pessoal e institucionalmente, a ele e, por causa desse sentimento, assumimos o papel de continuar o seu trabalho, isso é legado.
O resto é saudades e o difícil convencimento de que nunca mais vou ouvir o “fala Porto”.
André Porto Alegre
*Enquanto escrevo esse texto recebo a informação que a APP, por meio do seu Presidente Silvio Soledade instituirá o Prêmio Ricardo Ramos de Criatividade Publicitária, no âmbito do Fest’Up. Isso é legado, o resto é saudades.
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