Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade LGBT+ abre inscrições para agências, profissionais de publicidade e anunciantes
Agências, profissionais de publicidade e anunciantes já podem inscrever suas campanhas para concorrer ao troféu de melhor Campanha Publicitária do 21º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade LGBT+. As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de outubro pelo link: www.premio.paradasp.org.br
A Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT-SP), organizadora e realizadora da premiação, traz mudanças significativas de olhar e de processo para a categoria neste ano.
Nas edições passadas, as indicações eram feitas por pessoas de fora do mercado publicitário e as mais indicadas iam para votação popular. Agora, as agências de publicidade podem inscrever suas peças diretamente na primeira etapa. Uma vez inscritas, as campanhas serão avaliadas por uma comissão julgadora, formada por um seleto grupo de profissionais do mercado publicitário. A comissão irá selecionar as três campanhas finalistas que só então seguirão para votação popular, prevista para o início de novembro.
Fazem parte da comissão Gustavo Loureiro e Marcela Neilly, da agência FOME, que foi responsável pela construção da identidade e do tema da 26ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo; Felipe Simi, CEO da SOKO, que participa como presidente do Observatório da Diversidade na Propaganda; Joana Mendes, presidente do Clube de Criação; Marta Gucciardi, Lina Moreira, Alexandre Luppi e Vitor Luz, da diretoria de Diversidade & Inclusão da Associação dos Profissionais de Propaganda (APP), André Chaves, idealizador do coletivo Papel & Caneta, que divulga anualmente uma lista de pessoas que promovem mudanças em causas sociais e ambientais na indústria criativa, no Brasil e nos Estados Unidos; e Galileu Nogueira, estrategista em branding pela Influxo&Co, que ganhou recentemente uma causa por homofobia contra uma grande rede de farmácias.
Um dos objetivos da comissão julgadora é trazer novos métodos de seleção, olhando não apenas a mensagem, mas os bastidores das campanhas inscritas. A porcentagem de pessoas LGBT+ envolvidas na sua criação e produção é um desses critérios. Outros recortes também serão avaliados, como o racial, o etário e o de deficiência.
“O poder da publicidade é inegável e a ideia de trazermos especialistas para formar essa comissão é justamente para termos um olhar mais apurado e separarmos o que é apenas uma estética e do que realmente importa, que é o comprometimento com a causa LGBT+. Dessa forma, conseguimos levar para votação popular opções mais condizentes com o nosso propósito”, afirma Cláudia Garcia, presidente da APOLGBT-SP.
Mudança de jogo
Formar essa comissão com pessoas tão importantes e relevantes para o mercado, e atuantes na causa da diversidade, traz maturidade para o prêmio, para o mercado e para a sociedade. É o que diz Gustavo Loureiro, CEO e CCO da agência FOME. “Eu fico muito feliz em poder contribuir, pessoalmente e profissionalmente. Saber que tenho condições, por meio do meu trabalho, de transformar a história das coisas, é o que me motiva. Com essa comissão, estamos mudando o debate de patamar, passando a olhar a representatividade não apenas na fala, mas no trabalho, na mão de obra, no mercado e na sociedade. É assim que mudamos o jogo”, afirma Loureiro.
Ter um prêmio que reconheça campanhas e marcas como aliadas da causa é mais um passo para se ter marcas mais humanas e responsáveis ajudando a transformar o olhar da sociedade pela da força da publicidade e da representatividade dentro e fora dela. É assim que pensa Galileu Nogueira, diretor da Influxo&Co. “Quando recebi o convite fiquei honrado de fazer parte da comissão justamente porque já vivi na pele o que é sofrer homofobia de uma marca e entender que tudo poderia ser diferente se houvesse profissionais da comunidade lá dentro. Acredito que o reconhecimento público de marcas que são parceiras na luta contra a homofobia fará com que não só o mercado publicitário entenda a necessidade urgente de diversidade, como também estimulará o pensamento inclusivo nas campanhas e iniciativas de marketing dos clientes de cada agência do país”, declara Nogueira.
Se a diversidade é a grande riqueza da sociedade brasileira e a publicidade tem por princípio refletir e antecipar comportamentos sociais, então, promover a participação de pessoas LGBT+, sem estereótipos, é uma responsabilidade que a publicidade deve assumir. Quem diz isso é Marta Gucciardi, diretora de Diversidade & Inclusão da APP. “O Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade LGBT+ é um incentivo e tanto para que mais e mais profissionais da publicidade entendam a importância de campanhas inclusivas que abracem a pluralidade do nosso corpo social e naturalizem o pertencimento. Eu e toda a diretoria de D&I da APP não poderíamos estar mais felizes por integrar a comissão julgadora do prêmio. Receber esse convite é um indicativo de que estamos no caminho certo para promover a Diversidade e a Inclusão no mercado publicitário”, diz Gucciardi.
Além de Campanha Publicitária, outras nove categorias também estão com os processos de indicação e inscrição abertos. É possível fazer até três indicações para Audiovisual, Artes Cênicas, Literatura, Digital Influencer, Personalidade Aliada, Esportes, Imprensa e Tema do Ano. Empresas com boas práticas e políticas de diversidade e inclusão para pessoas LGBT+ também podem se inscrever para concorrer ao prêmio de melhor empresa.
O Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade LGBT+ é de âmbito nacional. Portanto, inscrições de qualquer parte do país são bem-vindas.