Startup Mode
Marcio Santoro, Copresidente e Cofundador da Agência Africa
Ninguém sabia dizer o que aconteceria após as grandes guerras mundiais. Quem dirá após uma pandemia que não deixou escapar nenhum país e nenhuma esfera social.
Enquanto ninguém sabe, com certeza, como será o futuro, nos resta planejar e desenhar novos cenários, dia após dia. Quase como que se o futuro estivesse se reinventando toda vez que levantamos da cama pela manhã.
Mas essa mentalidade não foi inventada com a crise. Startups e
novos negócios fazem isso desde sempre. E neste momento cercado de incertezas,
sem entendermos completamente o que está pela frente, o que e como fazer, a
melhor atitude é se espelhar naqueles que acordam com o brilho nos olhos de
quem acabou de tirar um negócio do papel.
Vivi esse privilégio há 17 anos,
quando fundamos a Africa. Um grande sonho, doze pessoas. Todas dividindo um
pequeno escritório, sem saber que tipo de cliente íamos atender, que tipo de
serviço íamos prestar.
E mesmo com toda nossa bagagem e
história acumuladas, esse momento pede o resgate do sentimento de quem acabou
de começar. Hoje, é preciso pensar uma nova empresa, fundada há apenas três
meses.
Aproveite o timing. Dê um passo para
atrás e olhe tudo como se fosse a primeira vez. Pense como uma startup. É hora
de revisar a cadeia inteira e se questionar. Será que este serviço está sendo
prestado da melhor maneira? Que tipo de processos tenho? Será que estou com o
melhor canal, o melhor preço, a melhor distribuição?
Claro. As dores e sofrimentos
existem, e eles vêm com uma intensidade nunca antes vista. Mas o sonho se
mantém.
Volte a olhar com atenção para o
core do negócio, o core de sua entrega. Foque em quem está ao seu lado e nas
pessoas que continuam trabalhando neste momento tão difícil, ajudando a fazer
do sonho uma realidade.
Ser uma startup é tomar uma decisão
e implementá-la de maneira muito rápida. Estar sempre preparado para defender o
que está comunicando e o produto que está entregando, sempre com coragem para
fazer mudanças quando necessárias. É ter sangue nos olhos e paixão pelo que se faz
a todo instante.
Meu conselho nada mais é do que uma
lição aprendida há 17 anos e que, há três meses, precisou ser reestudada: tenha
a atitude de uma startup.
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