Há perigo para as marcas na mídia programática, diz presidente da APP
Em entrevista a MONEY REPORT, o publicitário, sócio da agência Q&A e presidente da Associação dos Profissionais de Propaganda (APP) Ênio Vergeiro falou sobre a relação das marcas e dos veículos de comunicação com o ambiente digital.
Com passagens por grandes editora e jornais, ele viu o bolo dos orçamentos publicitários se diluir sem que, necessariamente, os anunciantes se mantivessem junto aos produtos mais conceituados, como antes. Para ele, a mídia programática, aquela em que anúncio carrega na tela do usuário de internet, de acordo com suas buscas prévias, não traz o retorno institucional adequado, já que marcas podem ser veiculadas em sites de clickbait – aqueles que geram conteúdo sensacionalista em busca de receita fácil. Sem contar que a remuneração é baixa. “Os veículos precisam se reinventar”, diz. “Mas quem nasceu na internet, vai bem”, admite.
Uma das soluções seria a adoção de auditorias externas, algo improvável de ocorrer diante de gigantes como a Google. As alternativas obrigatórias estão na busca pela reinvenção dos veículos e na atenção redobrada das marcas, o que começa a ocorrer. “Mas não há fórmula. As coisas estão acontecendo”, diz. Daí a necessidade de preparar melhor os profissionais do setor com ajuda da APP.
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